Asma ou Bronquite, afinal o que eu tenho?

Muitas pessoas chegam até o consultório com essa dúvida. Elas identificam sintomas que são semelhantes nos casos de asma e bronquite, mas não sabem como identificar ao certo e temem o diagnóstico. Embora tenham sintomas parecidos e causem bastante confusão entre as pessoas, existem diferenças entre as duas doenças.

Para entender melhor sobre asma e bronquite, continue lendo este artigo. Nele, você vai saber quais são os sintomas de cada uma e quais são as diferenças entre as duas doenças. Vamos lá?

Asma e bronquite: quais são as diferenças entre as duas doenças?

Você já deve ter ouvido alguém falar que asma e bronquite são a mesma coisa. Essa afirmação não está completamente errada, mas também não está certa. Eu explico porque.

A bronquite é uma doença causada pela inflamação do brônquio –  órgãos do sistema respiratório que ligam a traqueia aos pulmões.

Existem diferentes tipos de bronquite e a asma é uma delas, caracterizada como bronquite asmática. Dessa forma, todas as pessoas que têm asma têm bronquite, mas nem todas as pessoas que têm bronquite, têm asma.

A bronquite é causada por vírus ou bactéria. A asma é a inflamação do brônquio de causa alérgica.

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Quais são os sintomas da bronquite?

Os principais e mais comuns sintomas da bronquite são:

  • Tosse com catarro, tosse seca, crônica ou leve;
  • Calafrios;
  • sensação de fadiga;
  • febre;
  • mal-estar;
  • falta de ar;
  • infecção respiratória;
  • respiração com chiado;
  • coriza;
  • dificuldade para dormir;
  • pressão no peito;
  • dificuldade para falar.

O paciente pode apresentar todos esses sintomas ou só alguns deles, mas é no conjunto desses sinais, da sua frequência e o que os despertam que é possível identificar que ele está com bronquite.

Quais são os sintomas da asma?

Como a asma é um tipo de bronquite, alguns sintomas são os mesmos para a asma também. O paciente pode apresentar:

  • Tosse com catarro ou tosse seca, crônica, durante atividade física, à noite, de forma forte ou leve;
  • Ter dificuldade para respirar;
  • falta de ar durante a noite;
  • infecções respiratórias frequentes;
  • ter que respirar pela boca;
  • respirar muito rápido
  • respiração com chiado;
  • ansiedade;
  • irritação na garganta;
  • pressão no peito;
  • coração acelerado.

Nas crianças, o sintoma mais comum é o chiado no peito e problemas para respirar, como respiração cansada e coriza frequente. Mas esses sintomas são mais difíceis de identificar, em geral a falta de ar em crise é o principal alerta.

O que isso quer dizer na prática? Quando a pessoa está fazendo alguma atividade que está acostumada a fazer e começa a sentir falta de ar. Esse é um forte alerta para asma.

Como é o diagnóstico de asma e bronquite?

Até os dois anos de idade, nosso sistema imunológico ainda está em desenvolvimento. Como o pulmão ainda é muito pequeno, qualquer gripe que a criança tiver vai causar chiado no pulmão.

Nessa idade e até os 6 anos, não existe diagnóstico para asma, a criança pode ser diagnosticada com quadro de bronquite que, se for frequente, é considerada como uma bronquite persistente.

Depois que o sistema imunológico está formado, a partir dos 6 anos, é possível começar a fazer os exames necessários para identificar o que a criança tem de fato.

Por meio de exames de sangue e pelo exame de sopro, a espirometria, é possível descobrir se a criança tem um quadro de asma ou não.

Com base nesses exames, o médico vai identificar quais são os fatores que estão causando as reações alérgicas no paciente.

Fatores de risco

Além dos exames, alguns fatores de risco podem determinar se a criança tem mais chances de desenvolver um quadro de asma, como por exemplo:

  • nascimento prematuro;
  • mãe fumante ou contato com fumantes;
  • falta de aleitamento materno;
  • quadro de bronquiolite;
  • uso de oxigênio enquanto era bebê;
  • histórico de asma na família (pai, mãe e irmãos).

No adulto, alguns desses fatores de risco são mais difíceis de identificar, pois nem sempre o paciente tem conhecimento desses casos. Já na criança, é possível observar se ela passou por alguma dessas situações e ficar em alerta para o desenvolvimento de doenças respiratórias.

Para receber o diagnóstico correto e começar o tratamento adequado para cada caso, é fundamental procurar um pneumologista. Principalmente nos casos de asma, que são mais arriscados para o paciente que ainda não iniciou o tratamento.

Quer saber mais sobre o assunto? Entre em contato ou continue acompanhando os conteúdos aqui do blog.

Escrito por: Dr. Carlos Nogueira – Pneumologista – CRM 23539 | RQE:14290

 

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Asma - como ter qualidade de vida - Dr. Carlos Nogueira Pneumologista

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